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terça-feira, 24 de setembro de 2013

A Economia jamais será Vermelha




Como bem explicou Ludwig Von Mises, o comunismo é impraticável economicamente. A impossibilidade de planejamento econômico e adaptação em um regime comunista constituem as principais causas das derrocadas do socialismo/comunismo onde quer que tais doutrinas se instalem. Muito provavelmente, já por prever isso, Marx já delineava que as revoluções só deveriam acontecer em nações onde já houvesse um estágio avançado de capitalismo, inclusive industrial. Muito provavelmente, Marx sabia que a riqueza era produto das trocas livres entre as pessoas, e que a própria revolução comunista, se não levasse à falência, levaria a um longo processo de estagnação.



Entretanto, a primeira revolução bem sucedida ocorreu na Rússia, país tipicamente rural. Como a União Soviética durou, relativamente, tanto tempo? Explica-se justamente por essa razão: A URSS não produzia riqueza. Ela agregava nações ao bloco soviético e subtraía suas riquezas, como havia feito com a Ucrânia na época da Segunda Guerra Mundial, através da política do Holodomor. É a explicação para o fato de que, mesmo constituindo o segundo poder global na época da Guerra Fria, a União Soviética estava muito atrás dos EUA e do bloco capitalista em termos de economia, prosperidade e riqueza média de seus cidadãos. O entrave do mercado e a política stalinista de planificação econômica quinquenal contribuíram não só para a estagnação, mas consequente regressão econômica no bloco soviético.




O fracasso econômico de países que adotam estes modelos sócio políticos é facilmente explicável: o comunismo/socialismo não produz riqueza. Ele apenas é capaz de fazer três coisas: consumi-la, roubá-la e, muito porcamente, distribuí-la. Ou seja, economicamente, não há incentivo ao crescimento industrial e econômico, por que não existe produção real de riqueza. O Estado é comprador, fornecedor e cliente, e a população é apenas consumidora intermediária dos produtos e serviços. 




A falta de competição e de opções cria, inevitavelmente, estagnação econômica e queda na produção. Isso aliás, foi muito bem delineado por Adam Smith, em sua obra "A Riqueza das Nações": Adam Smith já havia delineado certas linhas necessárias não só à filosofia liberal econômica, mas também linhas que demarcavam certos "limites". Esses limites incluíam elementos como a livre concorrência e a livre iniciativa. Sem isso, não só os preços aumentavam, como a oferta diminuía. É o que acontece em toda economia "vermelha": preços sobem, oferta cai, a demanda também sobe, e há escassez.


Podemos citar exemplos próximos, destacando-se dois: Cuba e Venezuela. Cuba, antes da revolução comunista, era uma ilha próspera e enriquecida. A vida do cubano médio não era ruim. Aliás, Cuba era uma das nações mais bem desenvolvidas da América. A Cuba pós revolução tornou-se pobre, limitada e apodrecida, social e economicamente. Os planos guevaristas de metas de plantações coletivas sempre deram errado, mesmo com o grande esforço "patriótico" de aumentar a produção de cana de açúcar, frutífera na ilha. A retirada da liberdade econômica na ilha causou não só um congelamento, mas uma grave recessão, somente atenuada pela ajuda massiva vinda dos rublos da União Soviética. Mesmo antes da queda do bloco soviético, Cuba já enfrentava graves problemas financeiros. O bloqueio dos EUA não foi, de modo algum, a causa de tal decadência econômica. Aliás, foi dos menores fatores nesse processo.


O exemplo venezuelano é igualmente triste. A despeito do potencial petrolífero e agrário do país, Hugo Chávez conseguiu reduzir a economia do país a um "distributivismo" coletivo, cujo maior feito foi conseguir causar escassez de papel higiênico, além é claro de inúmeros outros produtos de primeira necessidade. A visão "bolivarianista" de Hugo Chávez e sua visão "anti imperialista" propiciaram o retrocesso do parque industrial do país e da riqueza média do venezuelano. Hugo parece ter se empenhado para evitar a exploração norte-americana, enquanto permitia a exploração russa. 


A completa estatização dos meios de produção, distribuição e consumo causaram danos graves à economia cubana, praticamente morta. O erro não é criar um coletivismo ou uma rede de serviços estatais. O erro das economias vermelhas é apelar para o monopólio de toda a força de trabalho, produtiva, distributiva e consumidora, barrar a iniciativa privada e o empreendedorismo individual. Os únicos países "socialistas" cuja economia foi bem sucedida foram aqueles que mantiveram a preservação de valores capitalistas, como a China, por exemplo, que adotou um capitalismo de mercado.


A prestação estatal de serviços não é um mal comunista. Ao contrário, serviços públicos e estatais eficientes são força compositora de uma boa rede de serviços e produtos em um país. Entretanto, a limitação da iniciativa privada e a quase que hegemônica vontade de controlar todos os trabalhadores, tudo o que é produzido e consumido constituem erros irracionais cuja Esquerda insiste em manter, seja através da defesa ideológica, seja através da aplicação prática. Essa é uma das razões que explicam por que, por exemplo, a URSS precisou apenas de uma guerra no Afeganistão para sucumbir economicamente. 


Comunistas não enxergam a economia como uma área exata, lógica, numérica e racional. Enxergam-na como um dos campos de teste ideológico. O comunista é incapaz de compreender o processo de produção, distribuição e consumo, e do fluxo de mão de obra e da adaptabilidade maleável do mercado. Enxergam economia como ideologia, e não como ciência. Por isso mesmo, seu único sucesso pode acontecer no campo ideológico, através de subversão, deturpação e compra da mídia e da mentalidade popular, através de eternas promessas, pois jamais venceriam no campo prático. Os efeitos são vistos em nosso país: um crescimento pequeno do PIB, uma carga tributária excessiva, a volta da dívida externa e aumento da dívida interna e a inflação descontrolada. 


A economia jamais será uma área "vermelha". Ela é antagônica ao próprio ideal da luta de classes e aos discursos vermelhos. Todo regime comunista caiu pela economia, e os que se mantém obtiveram tal sobrevida justamente por não adotar completamente a visão econômica marxista. Comunistas são tão aptos a entenderem e aplicarem a economia quanto touros são aptos a voar. Mesmo que possam se apropriar ou subverter conceitos econômicos para produzirem coro à dialética vermelha, comunistas jamais serão apreciadores sinceros desta área, área esta que eles odeiam. Jamais conseguirão amar verdadeiramente esse campo vasto: serão, no máximo, prostitutas que arriscarão um flerte noturno. 


Sendo a economia uma área alienígena à filosofia vermelha, devemos não apenas demonstrar como serviços privados beneficiam a população geral, inclusive os mais pobres, como também explicitar que não há problema em serviços e produtos estatais - eficientes - desde que estes não constituam um monopólio econômico nem tampouco limitem a liberdade produtiva individual.


A economia liberal funciona muito mais a favor dos pobres do que qualquer ideologia vermelha jamais funcionou ou funcionará. As dificuldades, dentro do capitalismo, acontecem não tão somente por suas desigualdades naturais, mas pelas próprias limitações do Estado, que impedem uma mair liberdade e consequente prosperidade financeiras. O comunismo é apenas para os pobres, criando uma elite partidária. O liberalismo econômico sim é a ideologia econômica mais popular e "proletária" possível. Quem deseja a "ascensão do proletariado" deve defender não o monopólio estatal, mas sim a liberdade econômica.